Humildade

A humildade é uma chave de acesso ao reino do céu.

A humildade é um requisito primordial da Ciência da Alma, Deus. Lembre-se que quando Moisés obedeceu e foi falar com o Princípio divino, Deus lhe pediu para tirar as sandálias dos seus pés. “Moisés, Moisés… Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa.” (Êxodo 3:4-5) Moisés, mesmo com sua educação palaciana, com o melhor que havia na família do faraó do Egito, ainda assim, ele expressava uma humildade que lhe aproximou de Deus, e foi por Ele escolhido para melhorar as ideias sobre Deus, e, guiar o povo hebreu da escravidão egípcia para a liberdade da terra prometida. Essa humildade foi a condição favorável quando Deus revelou os 10 Mandamentos à Moisés!

As sandálias, numa interpretação espiritual, poderia ser tudo aquilo que calçamos para usar em nossa caminhada, nas diferentes trilhas do cotidiano, muitas delas fora do único caminho revelado por Cristo Jesus — o caminho da Verdade, da Vida e do Amor, o qual Cristo revela ao pensamento receptivo. O mundo e suas correntes de pensamentos, oferecem alguns atalhos, desvios e até escapes, mas eles não expressam aquela espiritualidade crística, onde sentimos a presença divina inspirando qual é a direção certa e impulsionando-nos a segui-la, no mais breve tempo.

A humildade de compreender e aceitar o único Caminho revelado pelo Cristo

Há no mundo muitos caminhos para a educação do pensamento e da conciência! São veredas de diferentes sistemas de crenças, consagrados desde a antiguidade, que sugerem diferentes olhares sobre todas as coisas, incluindo a morte. Por exemplo, a hipótese da reencarnação. Ela não pertence ao Cristianismo. Dela resultam imposições paralelas, como a crença em estigma, isto é, de que alguém precise concordar com determinado sofrimento em sua vida, ou uma condição de doença, por que esse seria o seu carma. Respeito quem acredita nestas duas hipótese, mas uso a liberdade de pensar que encontrei no Cristianismo primitivo de Cristo, o qual segue revelando significações e interpretações úteis, salutares e práticas à luz da Ciência Cristã, e quem tem um só ponto de referência ou padrão científico cristão: a vida e obra de Cristo Jesus.

Aos alunos do divino Mestre, a humildade sempre foi necessária para não consentir em nenhum outro caminho, a não ser aquele que tem sido revelado por Cristo Jesus, nas Escrituras, em suas palavras e obras. Logo, é por intermédio da humildade, que todos podemos ser seguidores de Jesus, no Terceiro Milênio. Assim, o que acreditamos e colaboramos na sua difusão e demonstração, é o prisma da imortalidade imanente à Vida eterna, que é Deus, nossa única Vida. Cristo Jesus demonstrou a Vida eterna em suas três experiências finais, aqui em nosso plano de existência, em sua vitória gloriosa da morte, após a crucificação; ficou evidente em sua ressurreição, e, finalmente em sua ascensão, quando ele regressou para o Espírito! Outro caminho não há para compreender e demonstrar a Ciência da Vida e sua imortalidade ativa!

“Acalenta a humildade, ‘vigia’ e ‘ora sem cessar’ ou não encontrarás o caminho da Verdade e do Amor.”
Mary Baker Eddy – Escritos Misceláneos, p. 356 (Tradução dO ARAUTO)

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mateus 5:3)
Jesus, no Sermão do Monte

A humildade de reconhecer a imortalidade crística, ativa, atemporal, no agora!

O humilde reconhecimento da imortalidade da única Vida, Deus, não é abstrato, e, e ela não é só para ser demonstrada, no outro plano de existência. Sim, podemos demonstrá-la neste plano! Nosso divino Mestre, Cristo Jesus, mostrou-nos o humilde caminho da Vida eterna. Na verdade, já demonstramos algumas vezes e nem nos damos conta! Tenho aprendido, com a humildade do constante estudo e prática da Ciência Cristã, que cada demonstração da lei divina do bem e da harmonia na cura, por mais simples que ela seja, é uma prova da imortalidade do bem, da paz, da harmonia e da felicidade espiritual — da presença do reino de Deus, dentro de nós.

Para exemplificar, morava numa região do país que tem invernos rigorosos, as gripes, os resfriados, tosse e coriza, pareciam estar associadas ao clima frio, e outras chamadas cíclicas: influenza e H1N1. Com ajuda da Ciência Cristã, consegui reverter esse quadro de supostas: associação climática, recorrência cíclica e inevitabilidade. Em oração, elevei minha consciência com relação ao domínio e imunidade divinas, como sendo um atributo natural do existir espiritual, a partir daí foi simples demonstrar a imunidade ao contágio, e, vitória sobre o medo às crenças de supostas doenças do frio. E essa demonstração de liberdade espiritual, à luz da Ciência Cristã, é tanto terapêutica quanto preventiva, e em virtude disto, não recorri a nenhum tipo de ajuda material, dentre elas as vacinas. Essa minha escolha, consciente, foi sempre quando não havia obrigatoriedade, nem óbice impeditivo para realizar viagens ou como requisito para admissão em algum emprego.

Qualquer suposta anormalidade, anomalia ou desordem corporal, seja medo, doença, pecado e morte, é uma camada de crenças materiais de mortalidade — um tipo de anteparo mental à luz do Cristo, a Verdade — as quais são contrárias à realidade do Espírito e Sua criação completa, a qual inclui a imortalidade do existir espiritual. Assim a crença de medo ao contágio é uma suposta mortalidade — suposto fim — de nossa imunidade originária do Espírito, que por essa razão é espiritual, inatacável, invariável ininterrupta e imortal. Tal suposto fim diante da totalidade do Espírito e sua imortalidade, é uma impossibilidade evidente por si mesma!

A ordem, a normalidade da vida, a constância do bem; a saúde, nossa imunidade, paz, harmonia e espiritualidade, nunca morrem ou findam! Essa fato ou evidência espiritual é uma realidade divina e imutável, a qual os sentidos físicos procuram tentar iludir-nos com irrealidades materiais e mortais. Seria como se a escuridão tentasse sobrepor-se a irradiação e iluminação da luz solar, ou o ocultismo conseguisse ocultar/esconder o reino de Deus que é intrínseco ao âmago de nosso existir espiritual como filhos amados e completos do Princípio-Deus — o humilde reflexo fiel de um Deus fiel.

Outra exemplificação: Todos gostamos de contemplar um belo pôr do sol. No seu ocaso, o sol ensina-nos uma humilde lição da perfeição das coisas do Espírito, bem como de Sua harmonia, ininterruptas. O sol, a cada fim do dia, ao anoitecer, sai de cena, mas diferente do que possamos acreditar, ele não deixa de ser o sol, nem de brilhar e cumprir sua missão sideral, dada pelo Seu Criador, o de aquecer o planeta e iluminá-lo. Em sua divina humildade, ele desloca-se ao outro hemisfério para irradiar um novo dia a humanidade, que por lá espera o nascer do sol. Essa lição diária, nos ajuda a compreender que, sempre depois do intervalo noturno de 12hs, logo após o planeta Terra completar o giro rotatório, sobre seu próprio eixo, a luz solar já volta a cena num espetáculo de beleza divina, dissipando o breu da noite, no radiante amanhecer de um novo dia solar abençoado pela graça divinal!

A humildade de aceitar os desafios de superar supostas mortalidades

É a humildade que nos leva à desdobrar a inteligência, e, a sabedoria para reconhecer que cada desafio ou aparente obstáculo, é na verdade, um momento de comprovarmos a presença e o Amor divino em nossa vida. Nesse sentido, a frase que a Sra. Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, cita na sua principal obra, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras é um alento espiritual: “A hora mais escura precede a aurora.” Então, cada aparente situação de morbidez que pretenda atacar o estado normal e imortal do existir, seja o suposto fim de uma condição de saúde, do suprimento, de oportunidades, da imunidade, ainda que seja um simples resfriado, podemos demonstrar a imortalidade inerente ao nosso existir espiritual, como filhos de Deus, a expressão da Vida, que existe, vive e se move, no Espírito, para a glória e louvor do Princípio-Deus.

A humildade é um desdobramento da gratidão, por intermédio da qual, reconhecemos quantas bênção já temos recebido da divina graça.  E nos capacita a compreender que o mesmo Espírito infinito, que abençoa um, individualmente, também abençoa a todos! Em nosso relacionamento com Deus inexiste as imposições da meritocracia. Outra definição de humildade que a Sra. Eddy, nos deu foi: “A humildade é o gênio da Ciência Cristã.” 

A humildade de reconhecer a imortalidade ativa que a imprensa não mostra

Essa imortalidade como uma qualidade ativa da Vida, Deus, está implícita em muitos versículos da Bíblia e em várias citações dos livros da Sra. Eddy, como por exemplo:

A Mente divina cria e governa tudo, desde uma molécula mental até a infinidade. Esse Princípio divino de tudo expressa a Ciência e a arte em toda a Sua criação, e expressa também a imortalidade do homem e do universo. Ciência e Saúde p. 507: 24-28

“…eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (João 10: 10) Este texto de nosso grande Professor, Cristo Jesus, é inspirador. Ambos os textos nos remetem a contemplar a imortalidade do homem e no universo. Logo, é muito oportuno e aplicável, na atual situação pandêmica em que a humanidade está passando, face aos alarmantes números de mortes que a imprensa divulga.

Embora os números de mortes no Brasil sejam alarmantes, estive calculando o índice de recuperados, com base nos dados oficiais da cidade de Salvador, na Bahia, Brasil, e pude perceber que há um ano atrás, o índice de recuperados estava em torno de 80% e foi aumentando de modo que hoje ultrapassa os 90%, e crescendo! Usei meus conhecimentos adquiridos na Faculdade de Economia, em Estatística, e, o meu amor pela matemática para chegar a esses resultados, dividindo o total de recuperados pelos número total de casos, com base nos dados oficiais, publicados nas Internet. Para se ter uma ideia, o cálculo de hoje resultou: 97,34%. É com humildade que conseguimos vislumbrar a evolução espiritual, mesmo diante do caos, com uma tendência crescente que tenderá a chegar em 100%!

“O caos da mente mortal se converte no degrau para o cosmos da Mente imortal.”
📖 Mary Baker Eddy, A Unidade do Bem, p. 56

A atitude humilde de ser ativista do bem, diante das mazelas sociais

Pela via da humildade, seguimos reconhecendo essa imortalidade divina, a mesma que permitiu à humanidade superar outras terríveis pandemias. Ela também é a lei da Vida, que nos mantem vivos, num planeta que tem estado assolado por condições climáticas desfavoráveis, seja no aquecimento global, seja nos gases tóxicos, cuja poluição ambiental, segundo especialistas já colheu mais vidas do que todas as guerras somadas.

Outra mazela social, que segue colhendo vidas, é o alcoolismo — “… é responsável por 3 milhões de mortes por ano, diz OMS Uma em cada vinte mortes está relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas e entre jovens de 20 a 29 anos a taxa chega a 13,5%” apontam dados recentes veiculados na revista brasileira: Exame, da editora Abril S/A.

Agora, num exercício de singela humildade, vamos encerrando por aqui, numa luta voraz contra minha veia literária, que quer continuar… Mas quem sabe no próximo fluir da inspiração!

Atualização 3 de julho 2021 – 23h

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Referências: utilizadas no estudo da humildade e na elaboração do artigo autoral.

Bíblia Sagrada. Sociedade Bíblica do Brasil. 
EDDY, Mary Baker. Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. The Christian Science Publishing Society, Boston, MA, EUA – ©️CSPS
EDDY, Mary Baker. Escritos Misceláneos, ©️CSPS

O Arauto da Ciência Cristã: A importância da humildade 

O Arauto da Ciência Cristã. Humildade, o primeiro passo a dar

O Arauto da Ciência Cristã. Humildade – ”a lente e o prisma”

O Arauto da Ciência Cristã. Humildade 

El Heraldo de la Ciencia Cristiana. La humildad: “lente y prisma” 
El Heraldo de la Ciencia Cristiana.  La humildad 
The Christian Science Monitor – setembro, 2018, Humility as a superpower

Podcasting: 
El Heraldo de la Ciencia Cristiana. La verdadera humildad y curación

Revista EXAME. Álcool é responsável por 3 milhões de mortes por ano, diz OMS. 21.Setembro.2018. Editora Abril S/A.

Artigo originalmente publicado em maio 2020.

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