A tentação de Jesus e o diabo virulento

“E, vindo outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o SENHOR. Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.”
Jó 2:1,2

Esse “rodear a terra, e passear por ela.” poderia sugerir a natureza hipnótica do mal, seja ele uma crença de medo coletivo, uma pandemia que desafia a humanidade em sua letalidade. É isso o que o mal faz: andar e rodear na matéria tentando nos mesmerizar para a materialidade, enquanto, à luz da Ciência do Cristo, nosso real existir é espiritual. Somos expressão do Amor e ideias completas e imunes criadas pelo único Espírito, onde respiramos, vivemos, nos movemos e existimos. Ao nível de consciência e da espiritualidade crística, o que podemos fazer para nos proteger e colaborar para proteger melhor a nós mesmos, nossos entes queridos e nosso próximo – por extensão representado pela humanidade?

As autoridades de saúde têm sido unânimes em traçar estratégias sobre distanciamento, uso de máscara e até o isolamento social, parcial ou total. Pouco se sabe sobre esse inimigo da saúde e do bem estar social. Outra estratégia é a quarentena. Poderíamos fazer um paralelo quanto à situação em que Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo Diabo, após ele ter feito jejum e quarentena, correlacionando-a com o enfrentamento mental e físico no que tange ao nosso combate e vitória na provação  pandemica que as Nações e toda a humanidade está enfrentando. Combate esse que só o amor, presença, poder, energia, ânimo e força Cristo, atemporal, conduz a vitória total que a humanidade tanto anseia!

Na primeira tentação o diabo sugere dúvida a Jesus: “Se és filho de Deus…”  Observe que o que o cenário material pretende nos sugerir é também a dúvida de que se somos filhos de Deus, ora, à luz do que tenho aprendido na Ciência Cristã, tal dúvida inexiste na consciência imbuída do Cristo, na revelação de um Princípio perfeito e uma ideia perfeita, uma só Causa, Deus, e cada um de nós como Seus efeitos, completos, perfeitos, imunes e saudáveis. Assim como um raio de sol só pode refletir fielmente o Sol, e nada mais, logo, cada um de nós só pode refletir o bem inerente ao nosso existir espiritual, e, portanto, inexiste dúvida, em nossa união com Deus. Aceito esse fato científico cristão, revelado pelo “Eu e Pai somos Um” do divino Mestre, então passamos na primeira provação. E que nos dá essa noção espiritual do existir real, é o próprio Espírito que habita – manifesta-se na consciência pura e espiritualizada.

A 2ª tentação onde o diabo novamente sugere dúvida, provocativa, e após sugere que Jesus se atire de um precipício, sabemos que a resposta do Mestre foi rápida e absoluta. ^” “Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,  e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.  Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.” (Mateus 4: 5-7) Os noticiários têm relatado jovens que tentam reunir-se em festas clandestinas, mas que são detidos pela polícia, mediante denúncias dos vizinhos. Noutras tristes notícias, observa-se o desprezo de algumas pessoas em relação aos cuidados básicos, e, num tipo de tentar mostrar um tipo de “coragem animal” que não encontra apoio na coragem moral, individual e coletiva, de fazer o que for preciso para colaborar no esforço de toda sociedade para não propagar essa suposta ameaça, ainda não decifrada totalmente pela medicina.

A regra áurea apresentada pelo Mestre no Sermão do Monte de fazer aos outros o que desejamos que nos façam, tem norteado atitudes corretas de conter o espirro, do melhor modo possível, mesmo antes da pandemia, e, agora isso virou uma obrigação. Vê-se aqui o quão útil e prático é o cristianismo, mesmo em questões aparentemente tão simples, que passaram a ser relevantes no autocuidado e no cuidar de nosso próximo.

“Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.  E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás. Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.” (Mateus 4: 10-11) Nesta tentação o Diabo pegou pesado, por que apelou a vaidade do ego de Jesus. Sabemos, por seu exemplo glorificado, o quanto ele renunciou ao seu ego humano e nos ensinou a fazer o mesmo. Ele disse que quem quisesse seguí-lo tinha que negar-se a si mesmo, como primeiro requisito. O Espírito deu a Jesus a força e energia de Cristo necessária para ele negar-se a adorar qualquer outro poder que não fosse o de Deus. E essa inocência, humildade, honestidade e fidelidade a Vida, a Verdade e ao Amor, lhe deram a vitória completa e o diabo desistiu de tentar seduzí-lo.

O atual momento nos traz grandes aprendizados de viver inteligente e colaborativamente, com humildade, paciência, misericórdia, compaixão, e, especialmente desenvolver a renúncia ao ego. É claro que ninguém gosta de ficar confinado por tanto tempo, mas, o aparente sacrifício é um dos estratagemas necessários para vencer o vírus. O Diabo seque tentando a desprezar o isolamento, a violar os cuidados essenciais, com uma suposta tentativa de adoração a uma rebeldia desnecessária e socialmente inoportuna, tais como: saídas desnecessárias, aglomeração sem sentido, e, o uso de álcool e tabaco, além de drogas, o que tende a agravar a superlotação das unidades de atendimento a saúde pública. A mesma tentação feita para Jesus de um suposto prazer na vaidade mundana, não se sustenta, quando todos estamos aprendendo que ficar em casa, é uma oportunidade de amar melhor nossos entes queridos, uma oportunidade para orarmos mais e ampliar nosso estudos bíblicos e ler literaturas da Ciência Cristã que nos permitem elevar nosso pensamento, potencializar melhor nossas orações, as quais impulsionam o desejo de agir corretamente, e, seguirmos orando e colaborando pelo bem de toda coletividade.

 

Os sites da Ciência Cristã, www.christianscience. com/pt  e www.cienciacrista.com bem como outras páginas colaborativas de igrejas filiais nas redes sociais, oferecem serviços religioso on line, e via Zoom, bem como palestras que também são disponibilizadas no You Tube. Essa presença do Movimento da Ciência Cristã no ciberespaço, em ambientes virtuais, não é algo pontual, é um desdobramento que tem sido feito a décadas, e que agora parecem nos assinalar que foi importante estar presente neste espaços digitais para ali oferecer um copo de água fresca em nome de Cristo, conforme a Sra Eddy recomendou: “Dar um copo de água fresca em nome de Cristo é uma obra cristã”

A citação acima tem em sua conclusão do parágrafo um alento espiritual para todas os profissionais e colaboradores envolvidos no combate ou no oferecimento dos serviços essenciais, essa citação é do livro onde estou aprendendo a curar pelo poder do Espírito  —  CIÊNCIA E SAÚDE COM A CHAVE DAS ESCRITURAS p. 436:9

Permita-me compartilhar a definição espiritual do verbete bíblico “Diabo” definida por Mary Baker Eddy no Glossário de termos que ela incluiu na parte da CHAVE DA ESCRITURAS, de sua obra maior, o livro CIÊNCIA E SAÚDE, que já li mais de 7 vezes, capa a capa, e foi onde aprendi a curar-me a mim mesmo, bem como como ajudar outros para que possam compreender e demonstrar a Ciência do Cristo, ou Ciência Cristã, eis a definição:

DIABO. O mal; mentira; erro; nem corporalidade nem mente; o oposto da Verdade; a crença no pecado, na doença e na morte; o magnetismo animal ou hipnotismo; a luxúria da carne, que diz: “Eu sou a vida e a inteligência na matéria. Existe mais de uma mente, pois eu sou mente — uma mente maligna, autocriada ou criada por um deus tribal e colocada naquilo que é o oposto da mente, denominado matéria, para daí reproduzir um universo mortal que inclui o homem, não segundo a imagem e semelhança do Espírito, mas segundo sua própria imagem”.  (Ciência e Saúde p 584: 17)